Blogoterapia

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Repensando a infidelidade

A arte de ser infiel aos que um dia amaram

Este artigo se destina a todas as pessoas que um dia amaram alguém. Ele se inspira em meu trabalho desde 1982 com casais e no pensamento da Dra. Esther Perel que eu tive a honra de conhecer na conferência mundial “The Evolution of Psychotherapy”, organizada pelo amigo e professor. Jeffrey Zeig em Las Vegas, Nevada, USA, 1998.

Por que traímos? E por que pessoas felizes traem?

Quando falamos sobre infidelidade, o que queremos realmente dizer? O que realmente significa trair? Seria uma nova relação sexual, uma nova história de amor, sexo pago, uma conversa online ou uma troca de mensagens com um final feliz?

Porque achamos que os homens traem por aborrecimento e medo da intimidade, e as mulheres traem devido à solidão e o desejo de intimidade? Será que a traição é sempre realmente o final inevitável de todos os relacionamentos?

Foram muitos anos viajando e atendendo casais pelo país, trabalhando intensamente com centenas de casais que foram atingidos pela infidelidade. Se existe um único ato de transgressão que de fato consegue destruir um casal, acabar com a felicidade e a identidade de um casal, são os casos extraconjugais, e não é por acaso que ele é tão mal compreendido.

Portanto, este artigo é para qualquer pessoa que tenha amado alguém um dia na vida. O adultério existe desde que o casamento foi inventado, bem como, o tabu da traição. Aliás, a infidelidade tem um valor diferenciado, a ponto de ser o único mandamento que aparece repetido na Bíblia por duas vezes; uma vez pelo ato em si e outra vez simplesmente pelo fato de se pensar nele.

Portanto, como nos reconciliarmos com algo que é assim tão universalmente proibido, e, no entanto, ao mesmo tempo, é universalmente tão praticado? O sexo é uma espécie de playground, a maior diversão possível onde uma grande maioria oculta e silenciosa resolveu trair para se distrair.

O fato é que, ao longo da história os homens praticamente tiveram uma espécie de licença para trair sem grandes consequências, algo que tem sido justificada por inúmeras teorias que justificam a sua necessidade de sair e explorar mais o mundo, portanto, as contradições são tão antigas quanto ao adultério em si mesmo.

Mas quem sabe o que realmente se passa por debaixo dos lençóis? Porque é que, no que se diz respeito ao sexo, para os homens há uma pressão para se gabarem e exagerarem, mas as mulheres são pressionadas a esconder, minimizar e negar, o que não é surpreendente porque até hoje ainda há nove países onde as mulheres podem serem mortas por adultério.

A monogamia costumava ser, o ato de estar como apenas uma pessoa ao longo de toda vida. Hoje, monogamia é estar com uma pessoa de cada vez. Portanto, não parece absurdo se uma pessoa disser “eu sou monogâmico em cada uma das minhas relações”.

Nós nos casávamos para fazermos sexo pela primeira vez, mas agora nós nos casamos e deixamos de ter sexo com a pessoa amada. O fato é que a monogamia não tinha nada a ver com amor. Os homens dependiam da fidelidade das mulheres para saber de quem eram seus filhos e quem herdaria o gado quando morressem.

Agora todos querem saber qual é a exata porcentagem das traições e muitos têm me perguntado isto o tempo todo e, portanto, isto se aplica a todos! Mas a definição de infidelidade continua se expandindo sobre a forma de; sexo pela Internet, ver pornografia ou ser ativos nos sites de encontros. Portanto, por não existir uma definição universal que agrade a todos sobre aquilo que chamamos de infidelidade, as estimativas variam amplamente entre 26% e 75%. Somos contradições ambulantes. Por isto, talvez 95% de todos nós vamos dizer “que horrível!”, que é um absurdo o parceiro omitir que teve um caso, mas quase a mesma quantidade diria que isto é exatamente o que eles fariam se tivessem um caso.

Eu gosto desta definição de caso extraconjugal porque ela junta os três elementos chaves dos relacionamentos: trata-se de uma relação secreta, que é o núcleo estrutural do relacionamento, com alguém com quem se tem uma ligação emocional maior e uma boa química sexual.

A palavra alquimia neste caso é chave, pois é um frisson erótico tal, que, apenas um beijo que imaginam dar, pode ser tão poderoso e encantador do que horas de relações meramente sexuais.
Como disse Marcel Proust, escritor francês; “a nossa imaginação é responsável pelo nosso amor e não a pessoa amada”. Portanto, nunca foi tão fácil trair, e nunca foi tão difícil mantê-lo em segredo.

Nunca a infidelidade exerceu um efeito psicológico tão marcante e tão devastador. Quando o casamento era apenas um empreendimento econômico, a infidelidade ameaçava a nossa segurança financeira, mas agora que o casamento é um acordo romântico, o fim da relação e a infidelidade passou a ameaçar a segurança emocional, psicológica e espiritual da pessoa.

Costumávamos usar o adultério e achávamos que ele era o espaço onde procurávamos o amor puro, mas agora que procuramos amor “no casamento”, paradoxalmente o adultério é o veneno que o destrói.

Atualmente há três formas pelas quais a infidelidade atinge as pessoas de modo tão especial. Temos um ideal romântico no qual contamos com uma pessoa para preencher uma imensa lista de necessidades: ela é escolhida para ser a melhor amante e a melhor amiga, o melhor pai ou mãe, o melhor e o mais fiel confidente, o companheiro emocional e o par intelectual com quem a gente mais se afina. Uma parceira então pensa: “E eu sou tudo isto, eu sou a escolhida e a única, sou indispensável, insubstituível e, portanto, eu sou a tal!” Por outro lado, quando chega a infidelidade é como eles se desmascarassem e dissessem “eu não sou nada disto” e esta é a pior de todas as traições.

Entre os casais mais antigos eles são tomados por um profundo vazio, com riscos inclusive de suicídio com mortes acidentais veladas e segundo alguns, existe uma acentuada queda na imunidade onde ficam mais propensos às doenças, para a liberação do parceiro com a própria morte, pois a vida perde o sentido e a razão de ser.

Segundo Esther Perel, a infidelidade quebra a grande ambição e o sentido do amor. Mas se ao longo da história, a infidelidade sempre foi dolorosa e continua sendo frequentemente traumática porque, na verdade, ela ameaça a nossa própria identidade.

Então meu paciente “X” vive atormentado e diz: “Eu pensava que conhecia a minha vida. Eu pensava que eu sabia quem ela era, quem éramos como casal e quem eu era. Agora eu questiono tudo.”

A infidelidade, é uma quebra da confiança que leva a uma crise de identidade. “Será que eu consigo voltar a confiar em ti?” “Será que eu voltarei a confiar em qualquer pessoa do mundo a partir de agora?” E isto é o que me disse a minha paciente “M”, quando falava da sua história com o seu marido.

Eram casados e tinham dois filhos. Ele tinha acabado de sair para uma viagem de negócios e ela foi jogar no computador dele com seus filhos, quando, de repente, ela viu chegar uma mensagem na tela: “Sinto imensamente a tua falta, meu amor!” “Estranho! Acabamos de nos ver!” Pensou ela, e imediatamente chegou uma outra mensagem; “Mal posso esperar para ter você em meus braços!”

Então ela percebeu que aquelas mensagens não eram para ela. Ela também me contou que seu pai teve casos extraconjugais, que a sua mãe encontrava bilhetes em seus bolsos e manchas de batom no colarinho das camisas. Então ela começou a procurar e encontrou centenas de mensagens, fotos que foram trocadas e desejos que foram expressos. Ali estavam os detalhes de um caso que ele tinha há mais de dois anos, revelado à sua frente e em tempo real.

Isto me fez pensar: “Casos extraconjugais na era digital são como assassinar alguém devagarinho e com mil golpes.” Mas a partir daí temos um outro paradoxo com o qual lidamos nos dias de hoje.

Devido a este “ideal romântico” confiamos na fidelidade do nosso companheiro com um fervor imensamente único e tudo o que fizemos ao longo de elas era voltado única e exclusivamente para ele.

No entanto, nunca estivemos tão inclinados à trair, não por termos novos desejos, mas porque vivemos numa era em que nos sentimos livres e no direito de irmos em busca dos nossos desejos, porque a nossa cultura defende que merecemos ser felizes e atribui à sexualidade essa tal felicidade.

E se nos acostumávamos nos divorciarmos porque éramos infelizes, hoje nos divorciamos por acreditarmos que poderíamos ser ainda mais felizes. E se o divorcio estava contaminado pela vergonha, hoje, a nova vergonha é escolhermos ficar numa relação quando podemos sair dela e esta é, na verdade, a nossa “nova vergonha”.

Então “M” não pode ficar falando com os amigos porque ela tem medo que eles a critiquem porque ela tem o seu marido, e para onde quer que ela se vire, ela recebe sempre o mesmo conselho: “Abandone-o! Você pode encontrar alguém melhor. Deixe-o de uma vez por todas! Exclua-o de todas as redes sociais.” Se a situação fosse inversa, ele estaria na mesma situação, pois ficar “é a nova vergonha”!

Portanto, se podemos nos divorciar, por que será que mesmo assim continuamos traindo? A suposição mais comum é a de que se alguém trai se há algo errado com a relação ou com a pessoa que trai.

Mas há milhões de pessoas neste caos e não é possível que todas estejam doentes ou sejam neuróticas.

A lógica mais comum é que “Se você tem tudo o que precisa em sua casa, então não há necessidade de procurar nada fora, e assim assumimos que um casamento perfeito poderia nos vacinar contra as aventuras. Mas e se a paixão tiver um prazo de validade? E se existirem coisas que até mesmo uma boa relação conjugal não consegue proporcionar?

Se vivemos num mundo onde até as pessoas “felizes” traem, o que é que realmente acontece? A maioria das pessoas com as quais tenho trabalhado desde 1980, não são exatamente loucas por sexo até onde sei. São pessoas normalmente profundamente monogâmicas em suas crenças e pelo menos assumem isto para os seus parceiros. Mas de alguma forma, elas se encontram num conflito entre seus valores, suas posturas e seus comportamentos.

São pessoas que até foram fiéis durante décadas, mas um dia elas abriram uma exceção, cruzaram a linha e fizeram o que pensavam que nunca fariam em suas vidas, correndo o risco de pôr tudo a perder. Mas o que elas estavam querendo de fato? Os casos extraconjugais são atos de traição, mas são também a expressão de um desejo mórbido de se arriscar e pôr tudo a perder.

Parece que o casal deseja perder algo! É impressionante isto! No centro de um caso extraconjugal frequentemente encontramos, um desejo, um anseio por uma nova ligação emocional, por algo novo, por autonomia, por uma nova intensidade sexual, por um desejo de recapturar partes perdidas de nós mesmos, ou uma tentativa de restabelecer a vida diante de uma perda ou de uma tragédia.

Estou pensando agora numa paciente, que até estava feliz no casamento, amava o marido, e não gostaria jamais de magoá-lo por nada deste mundo, mas ela também disse que ele sempre fez o que ela esperava e ela sempre fez o que era esperado por ele. Era boa amante, boa mulher e boa mãe. Cuidava inclusive dos seus pais já idosos, mas, de repente se apaixonou pelo jardineiro de sua casa, um homem rude que removeu uma árvore do seu jardim.

Era um homem com algumas tatuagens e que só sabia dirigir o seu velho caminhão e, às vezes, passava com ele por ali cheio de galhos de árvores, e, portanto, era exatamente o oposto dela. Mas aos seus 42 anos de idade, este caso parecia ter a ver com uma adolescência que ela nunca teve. A história dela para mim, ganha sentido se procuramos olhar as coisas com o olhar dela.

Muitas vezes, não é necessariamente do nosso parceiro que estamos nos afastando, mas da pessoa na qual nos tornamos. Não é tanto por estarmos à procura de uma outra pessoa, mas por estarmos a procura de uma nova versão de nós mesmos. Na verdade, frequentemente nem sabemos direito o que buscamos quando procuramos um novo parceiro, que pode ocorrer por razões desconhecidas e alheias a nós mesmos.

No mundo inteiro há uma palavra que ouço da maioria das pessoas que têm relações extraconjugais ou que simplesmente traem: “Elas dizem que se sentem vivas!” Elas contam histórias de perdas recentes, de pessoas, de animais de estimação, por exemplo, a morte de um dos pais, de um parente ou de uma pessoa querida, um amigo que morreu demasiado cedo, ou até de más notícias de um médico que acabou de nos diagnosticar uma doença grave.

A morte e a mortalidade, normalmente estão próximas ou bastante associadas aos casos de separação, de traição e das experiencias extraconjugais porque nos levam questionamentos importantes, afirma Esther Perel e Milton Erickson.

Às vezes a morte de um animal de estimação faz com que repensemos totalmente as nossas vidas. É realmente isto? Existem outras coisas além disto? Vou passar a vida assim? Será que sentirei algo novo outra vez? … Passam algum tempo cultuando a morte, chorando e namorando fotos, e depois se entregam à uma eventual relação extraconjugal e ouvi uma passou que passou a trair o parceiro de quem se separou, com um deficiente físico.

Em alguns casos isto ocorre porque são tentativas de passar a perna na mortalidade como um antidoto contra a morte em nossas ilusões de eternidade. Ter novos relacionamentos seria uma espécie de “salvação da lavoura” e da conquista da felicidade e na hora da decisão quem parte pensa apenas em si mesmo e atua.

Contrariamente ao que possamos pensar, muitas vezes, ter um caso, tem menos a ver com sexo do que com o desejo. As pessoas querem desejar ter sexo e não necessariamente terem sexo. Sentem desejo de atenção, desejo de se sentirem especiais e serem importantes. A própria censura dos casos de traição e o fato de nunca podermos ter amantes, acaba mantendo esta necessidade e alimentando a máquina do desejo, porque a nossa ambiguidade e a nossa incompletude nos fazem querer aquilo que não podemos ter.

Alguns podem pensar que casos extraconjugais não acontecem nas relações abertas, mas elas acontecem “sim” e esta é uma falha do poliamorismo. Antes de mais nada, conversar sobre monogamia não é o mesmo que conversar sobre fidelidade. A verdade é que, mesmo quando temos liberdade para termos parceiros sexuais, parece que continuamos atraídos por aquilo que é proibido, que se fizermos o que não deveríamos, acabamos sentindo que estamos fazendo o que estamos querendo.

Eu já disse a muitos dos meus pacientes, que se eles pudessem trazer para as suas relações um décimo da ousadia, da imaginação e do entusiasmo que colocam em suas aventuras, da alegria que eles colocam em suas amizades, eles provavelmente não precisariam da minha ajuda.

Então, como é que curamos de uma traição?

Quando mais profundo é o desejo, mais profunda é a traição. Mas ela pode ser curada. Alguns casos extraconjugais acabam sendo a sentença de morte para uma relação ruim que já estava para morrer. Mas para outros, despertam novas possibilidades. A verdade é que a maioria dos casais que viveram traições continuam juntos. Mas alguns irão apenas sobreviver e outros conseguirão transformar esta crise em belas oportunidades e conseguirão transformá-la numa experiencia de restauração e de cura.

Eu reparei que muitos casais, no rescaldo de um acidente extraconjugal e de sua desordem, eles chegaram a uma nova ordem, conseguiram conversar de forma aberta e honesta como não fazia às vezes há anos. Quando há uma traição, o traidor, às vezes, se recusa a conversar. Em outras relações, onde os parceiros estavam sexualmente indiferentes, de repente se sentem vivos e interessados e nem sabem de onde vem esse novo brilho.

Alguma coisa sobre o medo da perda parece reacender o desejo e abre o caminho para um novo tipo de realidade. Portanto, quando uma traição é exposta, quais são as coisas que os casais podem fazer? Sabemos que a cura começa depois do trauma, quando o infrator reconhece os seus erros. Então, para o parceiro que teve o caso, uma coisa é parar de trair e outra coisa é a expressão essencial do remorso e da culpa por magoar a sua mulher.

Mas a verdade é que muitas das pessoas que traem, podem até se sentirem culpadas por magoarem os seus parceiros, mas não se sentem culpadas pelo ato extraconjugal ou sexual em si. Não se arrependem. Esta distinção é importante. Então, às vezes, o homem passa a ser mais vigilante para com a relação. Ele precisa ser atencioso para com os seus limites e assumir a responsabilidade falando sobre o assunto para aliviar a sua companheira de sua obsessão e assegurando que o caso não foi esquecido e que ele não acontecerá mais.

Isto, por si só, começa a restaurar a confiança, mas para a pessoa traída, é essencial fazer coisas que lhe restaure a autoestima, rodear-se de amor, de amigos e de coisas que lhe devolvam a alegria e a autoestima. Ainda mais importante, é controlar a curiosidade e evitar os detalhes sórdidos do tipo: “Onde vocês foram?”, “O que fizeram, e como?” “Com que frequência?” “A outra pessoa é melhor do que eu na cama?” São perguntas que não levam a nada, causam dor e os mantem cada vez mais doentes.

Façam perguntas mais positivas ou investigativas que exploram mais os significados e os motivos do que aconteceu. “O que isto significou para você?” “Você foi capaz de se expressar e de viver o que você queria?” “Fez o que você não conseguia mais fazer comigo?” “O que se sentia quando chegava em casa?” “O que você ainda valoriza em nossa relação?” “Você ficou feliz com o fato de tudo isto ter se acabado?” e etc.

Para concluir, devemos saber que qualquer traição vai acabar redefinindo a relação. O que seremos agora? Amantes? Amigos? Cada casal vai determinar qual será o legado desta traição. Mas as traições chegaram para ficar e não vão desaparecer jamais. Os dilemas do amor e do desejo não produzem respostas simples e claras sobre e bem e o mau ou sobre a vítima e o algoz.

As traições nas relações aparecem de muitas formas. Há muitas maneiras de se trair um parceiro; por exemplo com desprezo, com a negligência, gastar dinheiro sem conversar, com a indiferença e até com a violência. A traição sexual é apenas uma das maneiras de se magoar um parceiro. Em outras palavras, a vítima num caso extraconjugal, nem sempre é a vítima do casamento em si.

Agora, o leitor deve se perguntar se eu sou a favor ou não de casos extraconjugais, se acho que eles apimentam as relações, como mentirosamente se diz por aí. Devo dizer que não sou favorável aos casos e nem acho que eles resolvem coisa alguma. No entanto, quando eles acontecem, algo de bom pode ser construído a partir deles, mas eu não os recomendaria, é óbvio!

Eu não recomendaria a ninguém ter um ato extraconjugal, assim como não recomendaria que ninguém a ter um câncer! No entanto, sabemos que muitas dentre as pessoas que ficaram doentes, muitas vezes, descobriram novas perspectivas a partir dali.

Eu vejo os casos extraconjugais como algo que pode dois sentidos: por um lado existe mágoa, dor e traição, por outro lado, existe crescimento e autodescoberta. O que você fez com isto e o que isto fez com você? O que isto significou para a sua vida?

Então, quando um casal nos procura para o rescaldo de um acidente extraconjugal, eu digo que “No mundo atual, a maioria de nós teremos duas ou três relações extraconjugais ou dois ou três casamentos durante a vida. Alguns são com a mesma pessoa. E quando o seu primeiro casamento se acaba, eu os recomendaria a criar um segundo casamento, talvez com versões diferentes de nós mesmos.

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José Carlos Vitor Gomes Psic.

José Carlos Vitor Gomes Psic.

Atua como psicoterapeuta, psicoterapeuta familiar e de casal desde 1979. Fez cursos de especialização nos Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Itália e no Brasil. Foi um dos pioneiros na divulgação da psicoterapia familiar no Brasil. Foi organizador de 53 eventos com celebridades nesta área com a participação de mais de vinte mil profissionais brasileiros.

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