Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wp-pagenavi domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u986051093/domains/sitedopsicologo.com.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the updraftplus domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u986051093/domains/sitedopsicologo.com.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114
Esquizofrenia

Blogoterapia

É um blog sobre psicoterapia, filosofia, arte e o sentido da vida para passar um conteúdo dinâmico e diário, para troca de conteúdos que possa ser terapêutico.

Esquizofrenia

O que é e como evitar?

Em 1950 em Palo Alto, Califórnia, EUA começou o primeiro estudo da esquizofrenia, pelo MRI – Mental Research Institute, onde eu depois teria a honra de estudar, pois estavam preocupados com o aumento dos conflitos nas relações familiares no pós-guerra.

Este estudo levou à descoberta da terapia familiar sistêmica. Na verdade, estavam pesquisando uma coisa e descobriram outra, estudavam a esquizofrenia e descobriram a terapia familiar, que depois se expandiu para o mundo e surgiram grupos na França e na Itália.

Mara Selvine Palazzoli fundou a Escola Milanesa de Terapia Familiar e Maurizio Andolfi criou a Escola de Roma. No Brasil, em 1984, começamos o movimento de psicoterapia familiar sistêmica, tendo como celebridades presentes o Dr. Maurizio Andolfi e o Dr. Jeffrey Zeig da Fundação Erickson e da APA – American Psychological Association a partir de 1990.

Sob minha organização vieram professores de Palo Alto, da Itália e do Chile pessoas como Minuchin, Jay Haley, Cecchin e Humberto Maturana.

Michelle Rittermann, de Palo Alto, veio a Natal/RN e estudando a nossa cultura, descobriu que a família usa uma espécie de “hipnose silvestre” e a doença mental resultava da indução de um transe hipnótico feito pela família para o enlouquecimento dos seus membros.

Haley e Milton Erickson descobrem que a cura depende do levantamento da linguagem praticada pela família e o uso desta linguagem pelo terapeuta, algo parecido com a homeopatia e princípio do, (semelhante curando o semelhante) como nas vacinas e soros antiofídicos.

Como no método Paulo Freire, aplica-se a linguagem que adoeceu a família para abordá-la, a família que enlouquece os seus membros, cria bodes expiatórios e induz a esquizofrenia fazendo uma espécie de “hipnose silvestre”, um “transe negativo” e o terapeuta em contrapartida, usa uma espécie de “transe positivo” para reverter e curar com mais do mesmo.

A pesquisa de Palo Alto resultou num artigo chamado “Por uma teoria da esquizofrenia” que revolucionou a saúde mental e definiu a esquizofrenia como uma doença da comunicação “entre pessoas” e não das pessoas em si, concluindo que são os vínculos e as relações que adoecem.

Logo depois Ronald Laing e Foucault passaram a lutar contra o uso da esquizofrenia para rotular pessoas e prendê-las em países endurecidos pelas ditaduras. Nos USA, Thomaz Szasz publicou o livro “A fabricação da loucura” e “O mito da saúde mental” lançados no Brasil pela Ed. Zahar e inauguram a antipsiquiatria.

Esquizofrenia é, pois, um distúrbio grave da comunicação familiar. A pessoa fica confusa, porque a família tem uma comunicação imprecisa, dúbia e confusa. As pessoas começam a dar sinais de que estão confusas, e isto chama a atenção da família que começa a tratá-las como “confusas” e “estranhas”. Dizem; “você está esquisito” etc! E quanto mais ela é tratada como louca, mais louca ela fica. As pessoas enlouquecem por serem tratadas como loucas.

Quais são as características da esquizofrênica?

Os 5 defeitos da comunicação da família que adoece os seus membros do ponto de vista dos estudos de Palo Alto:

1. A confusão

A comunicação é imprecisa e confusa, e significa uma coisa e o seu contrário ao mesmo tempo. O significado das palavras não é o mesmo para todas as pessoas da família. Quanto menos a pessoa entende, mais confusa ela fica e sendo tratada como “louca”, mais louca ela fica. A pessoa confusa, não sabe que é confusa e acha que os outros não a entende.

2. Mistificação

A pessoa que “manda” é autoritária e força as pessoas a entenderem a sua comunicação mistificada, fala pouco, usa códigos, segredos e coisas proibidas sobre as quais não se fala. A mãe mistificadora pode dizer ao filho; “Vai dormir porque você está cansado!”, “Isto é pecado”, etc. adivinhando os sentimentos do outro, que começa a achar que não se conhece e nada lhe é explicado.

3. Conflito

No seio familiar, a pessoa se sente confusa. A linguagem às vezes não é clara e não manda mensagens claras. Não há como obedecer ou respeitar uma linguagem confusa. Se a linguagem e os valores são confusos e impossíveis de serem seguidos, a educação fica impossível e eles entram conflito por não se entenderem e surgem os confrontos familiares.

4. Duplo-vínculo

Nas famílias agressivas e autoritárias surgem os duplos-vínculos em situações opressoras, onde o oprimido entende que; “Faças o que fizeres e estarás equivocado e serás punido, mas se não fizeres nada, serás punido por nada ter feito”. Isto acontece facilmente onde o oprimido não entender o que é dito, pois a palavra não vale, e isto é feito de propósito para que a fala não seja compreendida e justifique a punição.

5. Metacomunicação

A metacomunicação é a comunicação sobre a comunicação, a fala sobre a fala nos DRs – Discussões da Relação quando um reclama da fala do outro. “Olha o jeito que você fala seu mau educado!” “Grosso!”, etc. São as discussões sobre o que é falado nas brigas e melindres, quando, o que se fala sobre os fatos, causa mais problemas do que os fatos em si.

Recomendações:

Como vemos, a esquizofrenia é algo mais comum do que se pensa. As famílias, os casais e as pessoas são indelicadas no que falam e a boa convivência diz que “não se deve falar tudo o que pensamos”. O fato é que, a maioria destas características são inconscientes e imperceptíveis e por isto a loucura persiste.

Por fim, a esquizofrenia que vem do grego e significa “divisão, separação, quebra, esquisitices; persiste, e depois de algum tempo se torna as feridas internas que são somatizadas. Muitos crimes, atentados, ataques à escolas pelo mundo, suicídios etc., poderiam ser evitados se a comunicação fosse ensinada e treinada e se as pessoas fossem mais claras entre si.

A nossa palavra precisa ser clara, para ser respeitada e honrada.

Tags:
José Carlos Vitor Gomes Psic.

José Carlos Vitor Gomes Psic.

Atua como psicoterapeuta, psicoterapeuta familiar e de casal desde 1979. Fez cursos de especialização nos Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Itália e no Brasil. Foi um dos pioneiros na divulgação da psicoterapia familiar no Brasil. Foi organizador de 53 eventos com celebridades nesta área com a participação de mais de vinte mil profissionais brasileiros.

sitedopsicologo.com.br / (19) 99191-5685