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Como superar o ciúme

Blogoterapia

É um blog sobre psicoterapia, filosofia, arte e o sentido da vida para passar um conteúdo dinâmico e diário, para troca de conteúdos que possa ser terapêutico.

Como superar o ciúme

A função da traição

Sabe para que serve o ciúme?

Se eu contar você não vai acreditar, mas tudo bem, vou me arriscar e tentar mesmo assim. Ciúme vem do latim “Zelus” e nos dicionários significa zelo, cuidado, inveja, receio ou medo de perder alguma coisa. O ciúme é entendido como insegurança, inquietação amarga e até agressiva que nasce do desejo de posse exclusiva da pessoa amada. É querer ter aquilo que não nos pertence e por isto se confunde com a inveja. É algo que se associa ao caráter possessivo de uma forma de amor a que os filósofos, os psicólogos e teólogos denominam muitas vezes amor que “possui” e “tem” o outro.

A primeira notícia bíblica sobre o ciúme foi o de Caim que tinha ciúme da relação que Abel com Deus. Este sentimento está intimamente ligado à dependência e à vontade paranoica de ocupar o lugar mais elevado no coração de quem se ama.

Por outro lado, dependência não é amor e não tem nada a ver com amor, está associada com a “necessidade” que a criança tem da mãe, como se pudesse vir a perde-la, como se a relação estivesse sempre por um fio e ameaçada, o que, de certa forma irrita a pessoa de quem tem ciúmes colocando em dúvida o seu caráter.

É como se o ciumento fosse dependente, incapaz de ser independente do outro, como se precisasse dele para viver e essa crença não tem a ver com os adultos, e está mais relacionada com sentimentos da criança em relação à mãe.

É um vínculo paranoico, obsessivo-compulsivo, e por ser uma memória infantil, enfraquece o ciumento, o diminui, faz com que ele tenha comportamentos imaturos e isto sim, pode acabar com a relação por fazer com que o ciumento seja pouco interessante.

Uma das primeiras coisas que é atacada na relação do casal ciumento é a libido e a sexualidade. Perde-se o tesão. Isto deixa o ciumento ainda mais inseguro lhe porque dá a impressão de que a perda do interesse sexual acontece porque o parceiro tem realmente outra pessoa ou está tendo sexo com outro parceiro.

Cria-se então um círculo vicioso onde, quanto mais ciúmes, mais o ciumento faz o outro se desencantar em relação ao seu amor, quanto mais desencantado, menor é a libido e o interesse sexual, maior se torna o ciúme e assim por diante até o infinito.

Nada que o parceiro alvo do ciúme fizer resolve o problema, ao contrário, quanto mais ele tentar provar que não existe nada objetivo que justifique o ciúme, mais o ciumento fica enciumado e dizem que isto está inclusive relacionado aos hormônios infantis do ciumento, que faz o cérebro do outro entender como apego “infantil” e o desinteresse sexual aconteceria para proteger a relação contra o incesto.

 

O ciumento quer ir embora

Alguns estudiosos acreditam que a alma do ciumento sabe deste círculo nefasto que destrói a sexualidade, o respeito e o tesão entre os amantes, e que existe uma intenção inconsciente objetivando romper ou de acabar com a relação.

Acredita-se que ciumento quer instalar o desinteresse e promover o fim da relação, por isto se diz que o ciumento sabe o que está acontecendo e é levado adiante pelo parceiro que deseja ir embora e por isto ele simplesmente se recusa a acreditar no outro.

 

O ciúme e a homossexualidade

Outros acreditam que o ciúme exagerado apontaria para uma homossexualidade latente. O ciumento acredita que existe alguém do mesmo sexo que é tão maravilhoso que seu parceiro não poderia passar por esse mundo sem conhecê-lo. Esta pessoa imaginária tão especial criada pela cabeça do ciumento seria um parceiro sexual alucinatório e imaginário e sinaliza para esta homossexualidade latente e inconsciente.

 

O ciúme e a insegurança

Na prática, uma grande parte das pessoas se relacionam não por amar seus parceiros, mas porque não conseguem viver sozinhas. Em outras palavras, ficam juntos porque “precisam” uns dos outros e não porque se “amam”. Eles estão juntos “por interesse”, para fugirem da solidão, por dinheiro, para terem filhos, enfim, estão juntas pelas razões erradas.

Ficar com uma pessoa por interesse, por dinheiro ou por outras “coisas” é quase que uma “prostituição”, mas sem dúvida é falta de respeito para com ambos. Normalmente quem fica com outro por dinheiro ou por interesse, age como as prostitutas que desejam não a pessoa em si, mas o que ela pode oferecer. Isto não é amor. O ciumento fica com o seu parceiro por necessidade, por precisar dele e não porque o ame e isto é uma relação mediada pelo interesse e às vezes o cimento tem uma autoestima baixa e não consegue acreditar que alguém possa ficar com ele por amor e sem traição.

 

Proposta de solução

É evidente que as pessoas podem trair e no meio do percurso da vida podem se interessar por outras pessoas. Isto é normal. Se isto acontecer a relação nem precisa acabar porque, na prática, ela “já se acabou”, pois se o amor é uma escolha, a partir da traição um cessou de escolher o outro e não é mais aquele que antes era o escolhido.

Então isto precisa ser comunicado e aquele que mais sofre precisa procurar ajuda para superar a dor da perda, elaborar o luto e fazer com que a vida volte a fluir.

Se um mantém um ciúme inexplicável e elevado pelo outro, o melhor mesmo é “assumir o problema como seu”, como algo que não tem nada a ver como o outro e deve procurar ajuda. Até aqui não é a relação que não está boa, mas é um conflito mais individual do que sistêmico, portanto, não brigue com o outro por ciúme.

Procure guardar para si e não fale sobre isto a não ser com um profissional de confiança. Não se queixe com o outro sobre os seus fantasmas ou sobre coisas que você não tem certeza. Guarde para si e procure ajuda terapêutica, porque falar sobre suspeitas só pode piorar coisas e enfraquecer a sua relação.

Finalmente, se as coisas se comprovam e se o outro traindo, isto vai necessariamente aparecer e então a relação nem precisa se acabar porque, porque ela já não existia. Neste caso, já não se trata de ciúme, porque na verdade ocorre uma “traição”, um “relacionamento extraconjugal e isto frequentemente não tem nada a ver com o ciúme. Quando existe traição a relação não existe mais e isto precisaria apenas ter sido informado.

A Traição real é uma coisa que não fica oculta por muito tempo porque a alma humana parece perceber por ressonância mórfica o que está acontecendo e a traição acaba sendo informada inconscientemente por aquele que é infiel.

Faça a sua parte. Ame. Respeite o outro. Não se importe com o outro porque trair ou não trair é um problema exclusivamente do caráter dele. Toda relação acaba quando termina, mas isto transcende cada um de nós e quando de fato termina aquilo que a gente acreditava que existia, entenda que isto foi ótimo, porque assim você saiu de uma mentira, se livrou de um problema e deixou de perder tempo na vida Graças a Deus.

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José Carlos Vitor Gomes Psic.

José Carlos Vitor Gomes Psic.

Atua como psicoterapeuta, psicoterapeuta familiar e de casal desde 1979. Fez cursos de especialização nos Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Itália e no Brasil. Foi um dos pioneiros na divulgação da psicoterapia familiar no Brasil. Foi organizador de 53 eventos com celebridades nesta área com a participação de mais de vinte mil profissionais brasileiros.

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