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Como educar meninos – Parte II

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É um blog sobre psicoterapia, filosofia, arte e o sentido da vida para passar um conteúdo dinâmico e diário, para troca de conteúdos que possa ser terapêutico.

Como educar meninos – Parte II

Os clientes perguntam sobre como criar meninos e querem saber se a criação de meninos é mais difícil do que a criação de meninas e a resposta é dada – não por mim – mas pelos dados históricos da clínica e do dia-a-dia e a resposta é que “sim”, criar meninos é muito mais difícil do que criar meninas e educa-los de forma equilibrada é um desafio.

Ninguém está preparado …para a criação de filhos e os equívocos são praticamente inevitáveis e isto não é necessariamente ruim, pois se estivéssemos preparados, seria sinal de uma coisa massificada que os manuais poderiam nos atender prontamente. Não existem manuais e é ótimo que seja assim porque isto protege o humano contra os pacotes de ideias e das coisas prontas, vazias e das supernanices da vida.

As meninas parece que são culturalmente mais contidas, mais tranquilas e mais facilmente controláveis por parte dos pais e responsáveis.

Educar meninos é também difícil porque estes são cultural e ideologicamente mais liberados pelas suas famílias que têm a ilusões de que estes sabem se defender melhor das agressões do mundo e do meio, o que é um equivoco, porque desta realidade infecciosa que aí está quase ninguém se defende facilmente, nem mesmo os adultos.

O expressão de amor está em saber frustrar e ajudar os filhos a gostar da companhia dos seus familiares das suas famílias. Mas os filhos, meninos ou meninas não “curtem” a vida em família e acham que a alegria e a felicidade estão lá fora. De fato a chamada felicidade não está em lugar algum e precisa ser buscada como uma utopia e como algo que não precisa ser encontrada para que ela exista e seja real e para que ela nos ajude.

Os filhos precisam se acostumar com poucas coisas e precisam ser acompanhados para que se sintam protegidos.

OS PAIS

Educam com o exemplo mais do que com palavras e então eles não devem fazer uso de bebidas alcoólicas, drogas e cigarros. Eles devem ser corretos, trabalhar e expressar com ênfase os seus valores, o que para eles é bom e correto.

Os meninos pequenos, até por volta de seis anos de idade gostam e precisam que seus pais assistam eles jogando, gostam de torcida, gostam de acompanhar os pais na oficina para cuidar do carro ou para cortar o cabelo no barbeiro e coisas assim.

Os meninos gostam de medir força com seus pais em lutas de brincadeira, e o pai deve mostrar o quanto ele é forte, mas que o pai é mais forte ainda.

Esta comprovado que se os pais são fracos e ausentes os filhos tendem a ser usuário de drogas e ser forte é ter poder sem a abusar e sem ser agressor. Precisa ser forte em suas convicções e em seus valores.

AS MÃES

As tendem a ser mais esse colo amoroso enquanto o pai é mais a força, a lei e o colocador de limites mais firmes.

Antes diziam que o papel da mãe era mais importante do que ele em pessoa da mãe em si e que a maternagem, ou seja, os cuidados maternos eram a essência que poderia ser trazida por qualquer pessoa cuidadora.

Hoje sabemos que pais e mães são pessoas são únicas e insubstituíveis e que isto educa e que a educação transcende a chamadas “modificações de comportamentos” e que o valor do abraço de um pai ou de uma mãe é único e não nada equivalente a eles no mundo, então a expressão de amor é necessária, é boa e é essencial.

As neuroses da família não causam necessariamente estragos na psique dos meninos. O que estragam a saúde mental são as incoerências quando um diz uma coisa e outro diz outra. Mesmo que sejam bobagens elas precisam ser sustentadas conjuntamente e isto eu creio ter passado para os meus próprios filhos, a razão do meu orgulho. Tendo ficado viúvo em 1997, eu os criei sozinho experimentando em mim mesmo estas coisas, e embora não seja modelo para nada e sem ser perfeito de forma alguma eles são excelentes.

Nunca beberam, nunca fumaram e nem usaram drogas, se formaram nas maiores universidades, se concursam e trabalham.

Não tenham medo dos seus filhos e sejam firmes porque eles vão amar vc por isto. Os delinquentes, os presos e os psicopatas tiveram pais maravilhosos desses que deixam os filhos livres para fazerem o que quiserem e eles acabam com sua liberdade fazendo um montão de coisas nem mesmo eles querem para si mesmos, especialmente quando se tornam dependentes químicos ou co-dependentes.

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José Carlos Vitor Gomes Psic.

José Carlos Vitor Gomes Psic.

Atua como psicoterapeuta, psicoterapeuta familiar e de casal desde 1979. Fez cursos de especialização nos Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Itália e no Brasil. Foi um dos pioneiros na divulgação da psicoterapia familiar no Brasil. Foi organizador de 53 eventos com celebridades nesta área com a participação de mais de vinte mil profissionais brasileiros.

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