Blogoterapia

É um blog sobre psicoterapia, filosofia, arte e o sentido da vida para passar um conteúdo dinâmico e diário, para troca de conteúdos que possa ser terapêutico.

A AUTOESCRAVATURA

A arte de ser infeliz - Passo a Passo

Campinas – 2022

Abstract

When anybody exploits somebody, we are enfacing the moviment of the new/old slavery and that is a paradox. In fact, we had being creating concepts and literatures about freedom, but we love druggs and we had being alecting autoritarian leaders. A person who utilizes the others, appropriating of his forces and inteligences, the power of creations of anyone, as for instance: life time, work, health and resources, we are in front of the terrible moviment of slavering, when one is appropriating of the time of life, of someone’s existence, and the “ugly name” of that is slavery. But don’t forget that we are not victims! We are creators of our own cages and self slaveries, self abusers, gambling off with our own destinies and the men’s history. #TerapiaOnline #SiteDoPsicólogo #PsicoterapiaOnline #Logoterapia

O INVENTOR DO SEU DESTINO
José Carlos Vitor Gomes, Psic.

“Antigamente o amo escolhia o seu escravo; hoje
são os escravos que escolhem seus amos”.
Albert R. Parsons

 

Nós, os humanos, não nos cansamos de criar tudo aquilo que nos acontece. Escolhemos a nossas drogas e os nossos os vícios pelo simples prazer de construirmos o nosso autoflagelo, disto que têm sido a criação das nossas infelicidades e dores, nas eleições dos nossos melhores líderes e carcereiros preferidos.

Somos este povo que, embora livre, se autoescraviza e que podendo escolher a liberdade, se decide pela falta dela preferindo a submissão e o jugo. E o que é uma “submissão”? É uma missão inferior àquela que poderíamos ter, é a triste missão vazia de não termos missão nenhuma, é a terceirização dos nossos destinos, quando não tomamos as nossas vidas nas próprias mãos.

No entanto, a missão de viver não pode ser terceirizada e equivaleria ao abandono da vida cuja essência é a liberdade, e não seria outra coisa senão a opção pela submissão, numa estranha vida sem “para quês”, vazia de sentido e nem razão nenhuma.

Somos este povo que elege os seus abandonadores e seus piores governos, construindo os comandos do que depois precisaremos odiar. É este povo que, em seus atos falhos, vive à procura dos seus exploradores, a ponto de parecer que a liberdade é a única coisa que o incomoda, da qual o homem tem fobia e parece não desejar.

Talvez por isto, historicamente os povos se deixem oprimir, e parecem tudo fazer para se autoesmagarem e serem pisoteados. É este povo que parecem não se acostumar ao bem e à paz, como se “servir” não fosse possível e a fraternidade fosse um mero desejo, uma expectativa de que os nossos eleitos pudessem nos proteger.

Talvez isto ocorra por conta da imensa fragilidade humana, das nossas carências, o que nos fazem pagar o preço dos sonhos e da esperança de que o sistema humano seja mais do que meras hierarquias e burocracias para a nossa proteção. De fato, o exagero do controle resseca a máquina social, faz com que a sociedade não funcione e seja uma organização tão injusta e desorganizada e ao mesmo tempo, tão essencial e necessária.

Sonhamos com uma nação que funcione. Sonhamos com a justiça e a verdade como se fossem possíveis. Vivemos num mundo onde cada um tem a sua própria verdade e acredita que ela seja mais verdadeira que a dos outros, num surto de arrogância que se agrava com a internética terra de ninguém, sem diálogos, sem acordos e sem nada.

Sonhamos como a fraternidade, o que ainda nos seduz a apostarmos em governos lúcidos e libertários. Fica a impressão de que a democracia como expressão da liberdade na prática não funciona por acabar se tornando uma anarquia e onde a equação A – A = Z [A menos A é igual a Zero], um “nada” que não nos levaria a lugar algum.

Precisamos dos líderes para que o mundo gire, para que a vida flua, mas parece que as coisas não mudam, e na contramão do progresso, parece que o nosso problema somos nós mesmos e os nossos líderes; seja porque somos incompetentes em nossas escolhas ou porque eles governam apenas para si mesmos, tirando partido da esperança e da fé de que eles, ao menos não se tornem tiranos.

Na verdade, os nossos enganos e fraquezas nos tornam eleitores daqueles que nos roubam, cúmplices dos assassinos, de exploradores e genocidas, dos nossos terroristas preferidos, mas em resumo; somos os traidores de nós mesmos.

Que nos proteja de nós!

Será que alguém ainda acredita que a guerra política entre os candidatos seja por amor ao povo? Será mesmo que os guerreiros políticos americanos, talibaneses, russos, coreanos ou de quaisquer nações lutam pelo poder por serem defensores dos pobres e oprimidos?

Tudo aquilo conseguimos, existe para ser saqueado e nas sociedades mais antigas até as nossas filhas eram tomadas e usadas como propriedades do rei. Os nossos filhos eram escravos, eles que ainda hoje são recrutados para morrerem em guerras que não são deles.

Em 2022, na guerra contra a Ucrânia, milhares de jovens russos foram recrutados para uma guerra absurda para a qual não tiveram sequer treinamentos de sobrevivência. O agravante psicológico de um conflito tão ridículo, abusivo e injusto, é que os soldados ativam sentimento de culpa e fracassam por estarem diante de inimigos inventados, irmãos que falam a mesma língua e são da mesma nação.

 

As lealdades invisíveis

Fazemos isto também por conta de nossa lealdade invisível, das dívidas em relação aos nossos ancestrais (Nagy, 1973), como se guerrear fosse um recurso para a defesa dos nossos pais ou dos nossos descendentes, contra os predadores das nossas origens familiares. Como se pagássemos dívidas do passado, por conta da qual não somos tão livres assim, porque nem a nossa língua nos pertence e por nós sequer foi escolhida, muito menos os nossos valores, moedas, símbolos e contextos geográficos.

Cativos, favelados, sem-terra, sem-teto, os presos e os sem-nada, reconhecem o sofrimento, e por vezes, se sentem mais mortos do que vivos, mas continuam vivendo para lamentarem o tesouro de uma liberdade desconhecida e perdida e agradecem até pela opressão.

Até as artes se alistam nas guerras ocultas e infelizmente colhem dos jardins das ditaduras. É certo que muitos artistas militaram contra a opressão. Da militância nasceram tesouros. O fato é que de ostras felizes não nascem pérolas, porque ostras são feridas cicatrizadas, como dizia Rubem Alves.

Nos anos de chumbo, a música e a literatura foram regadas por nossas lágrimas e ganharam em emoção, qualidade e beleza por conta da sublimação e da dor íntima dos anos perdidos e dos corações partidos.

Digo isto com cuidado para que os ouvidos malévolos dos ditadores não concluam que fizeram algum bem à humanidade e reivindiquem Prêmio Nobel porque “prenderam e arrentaram” para produzirem pérolas. Não foi bem assim! De fato, como sugere Viktor Frankl, “quando não podemos fazer nada contra o mal, resta-nos a liberdade do optarmos entre morrer ou transformarmos dores em pérolas”.

Na verdade, às vezes, o preço de sermos humanos é incorrermos em ilusões de alternativas ou perdermos a liberdade. Fritz Perls, dizia que “quanto mais dependemos do outro, mais perdemos a nossa liberdade”. É por isto que os ditadores precisam dos miseráveis e “oferecem” as suas esmolas porque esta é a ferramenta para comandarem seus currais eleitorais e se manterem no poder.
Somente os tolos acreditam que os ditadores ajudam porque são bons ou porque amam o povo. Eles amam subjugarem seus povos como os granjeiros que tratam bem seus animais parecendo amá-los, porém o objetivo é sacrificá-los o quanto antes. Seres ambiciosos não sabem amar. Assim que expressam seus domínios sádicos se tornam tiranos e dando esmolas aos seus miseráveis se elegem.

Se realmente gostassem do povo, optariam por uma educação libertadora, por uma formação para a vida que preparasse as pessoas para caminharem com suas próprias pernas, como acontece em alguns países nórdicos, onde governos não precisam de palácios, eles vão para os gabinetes como quem vai para um trabalho qualquer, dirigindo o próprio carro, de metrô ou por vezes, até de bicicletas. Sabem porquê? Porque eles não têm inimigos, e não traindo pessoas, não precisam temer a morte.

Nietzsche em seu livro “O viajante e as suas sombras” diz ter inveja do gado que pasta livre na encosta das montanhas. Na verdade, parece que os animais são mais livres e se defendem. Lutam até o fim por sua liberdade nas arenas e nos rodeios, se defendendo contra a domesticação, mas o homem parece ter perdido a memória e parou de lutar.

Por alguma razão nós nos entregamos à uma espécie de servidão voluntária, a uma escravidão que nos fazem pensar que a liberdade não é mais do que um mero ideal, uma busca, um sonho distante, um desejo que paira no horizonte das utopias e existe para ser buscado e não conquistado.

La Boétie dizia que há três tipos de tiranos; os primeiros são as castas hereditárias das famílias ricas, os segundos são os reis que ganhavam tudo no fio da espada, tomavam os territórios e eram donos do povo. A terceira modalidade de tiranos ainda existem e são os políticos e as eleições, elas que são ainda piores porque nelas, temos as nossas ilusões de alternativas e escolhemos aqueles que serão os nossos próximos opressores.

Nas eleições, pelo menos a metade dos eleitores se frustra imediatamente quando perdem as eleições, a outra metade vai se decepcionando aos poucos no caminhar da história, e por fim, o eleito precisa agir como quem doma seus touros, vai acalmando as oposições que se acomodam.

Portanto, a liberdade é uma busca que, como o desejo, não pode ser realizado e que só existe para ser buscado e não necessariamente encontrado (Freud, 1927). Ser livre, é ter a liberdade para buscar a liberdade. Ser feliz é buscar a felicidade, que pode ser parcialmente encontrada na comunidade que é o lugar da comunhão com o outro.

O homem só existe para “ser/vir” e ser servido, para ajudar e ser ajudado. O amor o coloca a serviço do outro e eles existem “como humanos” quando se socorrem, numa relação de amor que os definam como humanos e que só poderia existir entre um Eu e um Tu.

Assim, ser humano é “ser” para o outro e onde o outro do “outro”, somos nós.

As nossas fragilidades fazem com que sejamos dependentes, seres cuidados e cuidadores, especialmente indefesos quando pequenos, enfermos e idosos, quando sem o amor e a generosidade mútuos, não existíramos e nem seríamos viáveis como espécie.

 

As normas existem para serem transgredidas

 

A necessidade de uma sociedade organizada, nos levam a nos submetermos às regras e convenções contra as quais nos rebelaremos. Karl Popper diz que “As normas existem para serem burladas”, e que a existência das leis e das normas, paradoxalmente, pressupõem a sua própria desobediência, e se não contássemos com as transgressões elas não seriam elaboradas.

Fica estranho afirmarmos que a vida em sociedade demanda uma certa submissão, uma escolha e uma “servidão voluntária”. Nascemos para a liberdade, no entanto, lutamos permanentemente contra ela. Um paradoxo está no fato desta luta perene ser um sinal “de que ela ainda não chegou”, de que ela não existe enquanto temos que lutar para que ela seja conquistada. Por outro lado, a escravatura continua presente, pois somente lutamos brava e perenemente contra a submissão porque ainda não a temos.

Na verdade, parece que as leis foram feitas para os outros, embora “os outros dos outros somos nós”, mas estão aí para que os transgressores, estes seres desejosos de “liberdade” se sintam desafiados e se divirtam fazendo o possível para desobedece-las, disse Popper.

Especialmente para os internéticos da terra de ninguém e de pouca sensibilidade, que consideram que leis são “censuras” e que as regras, as convenções e os códigos impedem a liberdade, como se as leis de trânsito não fossem essenciais para a vida humana.

Sabemos que os trilhos do metrô são bitolas, mas graças a eles o trem pode chegar a algum lugar.

Para a sociedade aberta, a guerra é permanente. Parece não haver outra saída para uma sociedade transgressora e posicionada contra a norma, onde as leis parecem perturbar a ordem, e, portanto, “precisariam ser combatidas”, uma sociedade para a qual as leis, as normas e os códigos são desafios à “liberdade”, só existem “para a transgressão” e contam com a possibilidade dela.
Estes são os homens, que enquanto levam em si algo de humano, se subjugam e se esforçam para serem livres sob determinadas condições, porque um certo controle e os limites ainda são melhores que o caos. Neste sentido, Viktor Frankl, “ao afirmar que quando os fatos não podem ser mudados, resta-nos ainda a alternativa de nos mudarmos diante deles”, com isto ele está dizendo que esta mudança não é exatamente uma escolha ruim. Não somos totalmente livres. Estamos diante de certas ilusão de alternativas #PaloAlto e liberdade, diante de situações onde; ou me transformo “e vivo”, ou me rebelo “e morro”.

Escolher entre a vida e a morte não seria exatamente uma escolha ruim, porque diante do tirano não nos restam escolha alguma senão a morte, mas morrer não é exatamente uma escolha, uma vez que dela ninguém poderia se esconder, seja ela a morte física ou a mortificação das nossas vontades, da liberdade para fazermos coisas que talvez sejam apenas um ato suicida.
Em Auschwitz era assim. As leis existiam para serem transgredidas para que os transgressores se jogassem contra as cercas elétricas ou nos fornos crematórios. Muitos morreram na ilusão da liberdade, mas ela não existia de fato onde as escolhas são feitas pelo sistema, e quando a vida termina, não existe mais liberdade e nem escolha. Afinal, cabe nos perguntarmos “Será que uma vida sem liberdade seria realmente vida”?

A liberdade em sentido profundo não é eliminada com “prisões” pois, muitos reclusos realizaram imensas obras mesmo encarcerados, uma destas pessoas foi Santa Tereza d’Ávila, carmelita dos pés descalços, que de dentro da sua clausura construiu 17 conventos. Nelson Mandela, depois de décadas de prisão mudou o destino de seu país, como o próprio Dr. Viktor Frankl que mesmo estando em Auschwitz uma das piores de todas as prisões conseguia fazer escolhas e dentro prisão viveu a sua liberdade.

Nas eleições ditas “democráticas”, escolhemos um tipo muito especial de autoengano. Eleições são guerras. Elas estão entre as últimas e as piores guerras, e embora pareçam ser civilizadas nelas acontecem crimes e agressões ocultas ou nem sempre visíveis.

Preferimos naturalmente as eleições por estarem mais próximas de uma aparente busca pela liberdade, mas elas ainda ficam longe de serem livres. Supondo saber o que nos é melhor acabamos escolhendo os nossos opressores. Em todos lugares, os candidatos de direita parecem ser “o demônio” para a esquerda, e ao contrário; os candidatos da esquerda são a encarnação do “mal” para a direita.

O olhar observador constrói aquilo que observa e inventa aquilo que deseja observar.

São pontos de vistas divergentes e diante dos quais nada pode ser feito senão respeitá-los. É um problema da educação para a democracia, porém, opressores e oprimidos são iguais e pensam do mesmo jeito, um precisa demonizar o outro e não aceitam pensamentos diferentes.

Novamente aqui que Karl Popper, agora se referindo ao paradoxo da liberdade e da tolerância, nas sociedades abertas, afirma que esta luta se equilibra numa gangorra onde entre dois personagens balançam, onde um é a “Liberdade” e outro lado é a “Tolerância”:

Quando aumenta a A Liberdade do Tolerância, outro aumenta.
Quando alguém fica A liberdade do
Intolerante outro diminui
(e vice-versa.)

Toda vez que a liberdade aumenta e sobe um lado da gangorra e a tolerância diminui do outro lado.

Não existe a liberdade plena, até porque, em termos sistêmicos, tudo que alguém faz, impacta sobre o outro. Quando a tolerância é infinita, o tirano fica livre, a gangorra da liberdade sobe e ele faz o que bem entende.

Assim são as ditaduras e estes são os mecanismos dos conflitos ao longo da história, e se a contrarrevolução reage, a Liberdade sem limites exagera o caos.

 

O tirano não é livre

 

O Tirano também não é livre, pois sendo eleito, ele é “obrigado a comandar e a ser cruel, porque foi elevado à sua condição” de autoritário pelo seu eleitor e futuro comandado, assim, os miseráveis nem sempre são seduzidos por ninguém e são enganados apenas por si mesmos.

O autoenganado exerce a sua liberdade e parecendo cair numa profunda amnésia, se esquece para não se despertar do profundo transe e nem dele se recuperar, começando a servir com tanta prontidão ao seu tirano preferido, que parece não apenas ter perdido a liberdade, mas abraça voluntariamente a servidão.

O dado novo que aqui se apresenta são os vícios, por exemplo nas drogas, no álcool ou os jogos de azar, cujo fenômeno se assemelha às eleições de um governo malévolo, igualmente escolhido pela livre decisão sadomasoquista do viciado em se autopunir. Quem seria afinal o tirano, senão cada um de nós? Alguns por tê-lo escolhido, outros por sequer ter se importado em escolher.

Fica a impressão de que o homem já nasceu subjugado e criado para a servidão, aconselhado a nunca reagir, a perdoar sempre e a aceita as suas agressões. Ser agredido é melhor do que morrer. Então ele não enxerga além da jaula dos seus limites, o panorama fora de sua caverna platônica, parecendo se limitar a viver como nasceu, sem conseguir compreender seu destino que não poderia ser outro senão o de um sonhador e livre caçador de sua liberdade, como quem parte para a “Terra prometida” que é um lugar maravilhoso e belo, mas onde ninguém jamais chegou.

O homem é aquilo que a educação faz dele, uma educação que, em grande medida é uma autoeducação, e que se diferencia de uma autodomesticação. Autoeducação é possível. A autodomesticação é impossível por ser em grande medida, punitiva. A domesticação subjuga e impõe o que o sistema deseja e que o domesticado, que não é vítima de coisa alguma, deseja, pede e anseia.

A educação é a facilitação de um parto daquilo que nasce da intimidade do sujeito, atendendo à sua vocação e ao sentido de sua vida.

Se a inteligência é a capacidade de adaptação do sujeito ao seu meio, o homem sofre com esta adaptação, embora a condição humana exija hierarquização e controles para que a vida funcione. Somos independentes, porém, mantemos a essência, mesmo quando somos enxertados, diferentemente das árvores que se tornam outras, no caso humano, porque somos transcendentes, mantemos as nossas lealdades ancestrais com as origens.

Diferentemente dos homens, plantas de lugares distantes e que não se conhecem se enxertadas se transformam e se complementam, uma abraça a essência da outra, mas os homens, híbridos ou não, continuam únicos e irrepetíveis do mundo, são domesticáveis, porém a essência não muda, acomodam-se para sobreviverem e por resiliência vão se adaptando ao rebanho e se acomodam, porém não se transformam por serem leais aos seus ancestrais.

Só conhecemos o amargo após experimentarmos o que é doce. Sabemos da alegria e do bem, por nos recordarmos de tristezas passadas. Assim, a primeira razão para a alienação e para uma servidão voluntárias são os nossos hábitos de submissão. A adaptação resiliente dói, e embora possa ter sentido, o homem reage à servidão opressora, porque esta reação o define ainda mais como servo.

Existem doenças que nascem das nossas lutas contra elas, especialmente as neuroses obsessivas como, por exemplo a insônia, a impotência, os distúrbios do desejo e do prazer, o pânico e entre elas; a luta pela liberdade, a paz e a felicidade ou contra a opressão.

As zebras parecem livres e se juntam aos bandos para se protegerem dos predadores. Pastam juntas. No entanto, com a humanidade há uma preocupação adicional com o fato dela poder ser autofágica, autoagressiva, podendo entrar em guerra contra si mesma e até se suicidar.

 

O homem como lobo de si mesmo

A humanidade é a única espécie que luta contra si mesma, se autoescraviza, usa drogas, se suicida e pode matar seus semelhantes sem que estes façam parte de sua cadeia alimentar. Além da construção dos seus e opressores, a espécie humana pode se tornar escravas de si mesma optando pelas drogas, pelos crimes e vícios, pelas dependências e codependencias, construindo suas próprias prisões e algemas e assim por diante.

Paradoxalmente, a nossa espécie é tão frágil que só consegue existir quanto recebe todos os cuidados básicos, especialmente da família e depois da sociedade. Sozinha, uma criança não viveria mais do que poucas horas. Mas o curioso é que, está humanidade que precisa tanto do seu semelhante é um perigo para si mesma e para todos.

Nela tudo pode acontecer do fracasso ao progresso, o êxito que resulta das nossas rivalidades e competições. Sobrevivemos graças aos cuidados que vêm da reabilitação e da cura e do amor que levam à ressurreição. O cuidado que vem do outro nos salvam, e quando chega a morte existem os choram a nossa falta, e até para o sepultamento precisamos de mãos amigas, da compaixão e da ajuda.

A educação é um preparo para a liberdade, mas sabemos também que ela parece não interessar mais a ninguém, num mundo que não já tolera mais os sábios e nem quer mais sabedoria do que lhe convém.

Por outro lado, e concordando com La Boétie, “como os cavalos, os homens às vezes se envaidecem e ficam orgulhosos dos arreios que os apertam”. Vivemos uma educação que amaciam as ditaduras, ressignifica a opressão e prepara o homem para a lealdade. Às vezes, parece que a educação é uma ferramenta que nos preparam para a lealdade e o respeito aos nossos ancestrais.
O que nos levam a servirmos sem resistências, tem sido o fato do homem ter nascido para dar e receber, servir e ser servido, cuidar e ser cuidado, para crescer na lealdade e viver seus limites a submissões.

Os governos não nos oferecem nada que não tenham tomado de nós mesmos antes. Na prática, é apenas a devolução de uma pequena parte do que nos pertence, porque a maior parte em geral é carcomida pela máquina do Estado e tudo bem que seja assim!

Não somos vítimas de nada, e toda essa “coisa” foi armada pelo povo, a favor ou contra nós mesmos. Bons governos são os que têm consciência de que nada têm. Nenhum bom governo tem nada. Tudo o que é ofertado ao povo a ele pertence, lhe foi tomado antes ou será cobrado depois.
Não há nada de novo nisto!

É sempre o povo que constrói as mentiras ou as verdades nas quais deseja acreditar. Os tiranos também são vítimas dos seus tiranizados porque foram criados por cada um de nós. Tudo o que existe na humanidade foi criado pela própria humanidade. Graças à culpa, a lealdade e ao sadomasoquismo, os oprimidos criaram seus opressores e os abusados os seus abusadores.
A autoescravidão, portanto, não está apenas na relação tirano/tiranizado, mas também nos vícios, nas atitudes e maus comportamentos que nutrem os nossos movimentos de autossabotagem e os ganhos secundários, quando nos expomos para sermos roubem, num mundo onde ninguém pode ser dono de nada exclusivamente seu.

Tudo o que temos é o que um dia perderemos, é o que por fim nos será tomado, parcial ou integramente, seja em impostos, acidentes, roubos, extorsões e perdas. Por fim, nada será levado, pois a vida é como uma festa onde você desfruta, mas não leva nada para sua “Casa”. Alguns obterão riquezas, mas não conseguirão conservá-las por muito tempo, pois cedo ou tarde delas seremos separados.

Existem diferenças entre os bons governos e os tiranos. Um governo ideal seria um líder servidor macio e humano, ao passo que o tirano odiaria seu povo e seus servos e teria traços de genocidas. Eles não percebem que, se queremos crescer na vida, devemos fazer com que todos à nossa volta cresçam conosco.

O tirano pensa apenas em si mesmo.

Isto é bom porque, frequentemente ele acaba sendo destruído pelos que lhe são próximos. Quase todos os tiranos são mortos por seus colaboradores próximos. Não são capazes de amar ninguém, e acabam criando uma rede de inimigos em torno de si para atrapalha-lo e trabalhar contra ele, exatamente como aconteceu entre o imperador Júlio Cesar e Brutus, seu traidor, não foi diferente.
Todos ignoram a prática do amor altruísta e do bem, esbanjam crueldade contra os que os rodeiam e a pouca inteligência que possuem, desperta a ira dos insatisfeitos e, em geral, são destruídos por seus favoritos.

Os tiranos nunca amaram e nem foram amados, inclusive, porque aqueles que os inventaram não queriam ninguém que os amassem. Entre seus colaboradores não existe amizade, pois a amizade só existiria entre pessoas de bem. Não caberia onde reinassem crueldades, deslealdades e injustiças. Por outro lado, onde não existe amizade só existem cúmplices e entre mafiosos e ladrões só existiriam falsidades ou cumplicidades.

Quando alguém quer ocupar o lugar do outro, ele quer todos os bens e até a própria vida.

Como disse, há alguns anos tempo li o discurso da servidão voluntária e também pensei sobre as ironias dos que lutam contra si mesmos, fazendo o que não gostam, mantendo relacionamentos errados com pessoas e drogas, e frequentemente ainda se acham vítimas do mundo.

Pior do que ter sido escravo e ter inventado o seu senhor, seu algoz e seus vícios, que pode ser fruto do sadomasoquismo humano, e pior ainda, é se sentir feliz e adaptado à sua autoescravatura, criando esta condição, por precisar dela, aceitando como se fosse algo que a vida lhe oferece, algo que pode ser um homem abusador, um traidor ou qualquer outro tipo de droga, ou até mesmo aquele político que você elege para lhe incomodar.

 

Sobre a inexistência de vítimas

 

O tirano não é necessariamente feliz e nem os são exatamente vítimas. Em 1950, o Grupo de Palo #TerapiaSistemica desenvolveu a abordagem sistêmica aplicada à terapia familiar e Gregory Bateson e Margareth Mead, sua esposa e criadora da Antropologia, entre outros autores estudiosos do fenômeno da esquizofrenia, descobriram que os elementos de um sistema familiar são equipotentes, ou seja, todos eles têm o mesmo poder emocional “mesmo um bebê”.

Este tipo de satisfação paradoxal dos inventores dos tiranos e dos opressores é comum numa civilização que guarda lealdades ocultas com seus ancestrais e precisam de expiar dívidas em sua adaptação neurótica e ainda correr o risco de se tornar uma espécie de neurótico feliz, um bode expiatório chantagioso que chora rindo e sofre feliz porque tem ganhos secundários com as lágrimas.

O descendente é obrigado expiar dívidas de lealdade dos seus ancestrais por isto parecem estar alienados, e aparentemente não reagem contra a opressão e nem percebem isto. Existem a ainda as definições ambivalentes de que “o inteligente é um ser adaptado ao mundo em que ele vive”, como se grosseiramente defendesse que “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, o que é uma bobagem, pois aquele que obedece construiu o seu opressor e isto ocorre no fundo das nossas almas e no plano das lealdades invisíveis.

Todas as vezes que alguém explora seu próximo, quando se abre mão da ética dando prejuízos a quem quer que seja, estamos diante da velha escravidão. Quem rouba, usa a energia e a força do trabalho do outro explorando seu semelhante, e isto também é escravidão mediante a apropriação indébita do tempo e da vida do outro.

Chegam a ser belas e até românticas as ideologias de liberdade que pregam que somos livres para mudarmos as nossas vidas, isto é real para alguns e irreal para outros, mas se olhamos para os que vivem do trabalho vemos que eles “podem” ser livres para perderem seus empregos reclamando, podem escolherem a franqueza dizendo o que pensam, e mesmo com razão manter o silêncio e ficarem empregados.

A liberdade é um fenômeno sistêmico e uma decisão inconscientemente da família como um todo, incluindo as escolhas passadas dos nossos ancestrais e o que repercute no futuro sobre os nossos descendentes. Assim, haveria uma espécie de planilha existencial onde estão todos os acertos de contas e dívidas do passado a serem quitados de alguma forma, segundo Nagy.

É interessante isto porque tem uma implicação ética, coisa que os antigos Judeus percebiam e sabiam que precisamos ser corretos, pois tudo o que fizermos de mal, recairá sobre alguém próximo no futuro, ou, de alguma forma “sobre nós mesmos”. Um descendente é uma extensão de nós e embora não tenham nada a ver com a história, acaba pagando uma conta herdada e que não é dele. Em outras palavras; não é justo não ser justo e não é ético não ser ético porque isto nos transcende e vai além de nós.

A família é um “todo”, um corpo vivo que começa com os ancestrais e prossegue com os descendentes. A responsabilidade educacional é parte dela como um sistema e se isto não ocorre, ela pagará as consequências.

Todas as pessoas deveriam falar o que pensam em relacionamentos mais assertivos, mas os resistentes vivem melhor, são mais fortes e poderosos, pois como dizia Freud; “somos senhores do que calamos e escravos do que falamos”.

Isto é consequência de autossabotagens que aumentam a aceitação resignada do silêncio e da submissão, porém não é resiliência. O que define um escravo não é a prisão, nem a sua impossibilidade de ir e vir, sem o controle de alguém que se julgue no direito de manipular e prendê-lo. Ninguém é mais importante do que ninguém, e tanto o escravo como escravizador são igualmente poderosos.

 

O opressor é construído pelo oprimido

 

O problema é ainda pior porque o opressor é sistemicamente construído pelo oprimido. O opressor não é livre e nem superior, até porque foi elevado à sua condição por seus eleitores, ou, na pior das hipóteses, por aqueles que se acomodaram e pararam de lutar contra a opressão; por culpa, por lealdade ou até por covardia.

O problema da escravidão não é o controle que provém do exterior, mas a pré-disposição do oprimido para não agir rumo a eliminação da ação física dos poderosos sobre os oprimidos. É que o problema da escravidão não está nos maus tratos pelos quais eles passam, mas nas crenças que os impedem de questionarem a submissão.

O questionamento desta submissão fica desconexo quando entendemos que o escravo sistemicamente escolhe a sua escravidão, seja pela necessidade de uma organização social, pela eleição do seu opressor ou pela lealdade para a expiação das contas dos nossos ancestrais.

Isto os levam a aceitar as condições nas quais vivem resignadamente, sem iniciativas para mudar a sua condição. Pior ainda, é quando à esta situação se soma a uma certa satisfação e uma sensação de bem-estar, então o sujeito controlado estará condenado pelo simples fato de ter se alienado e se acomodado à sua alienação.

Apesar dos avanços e do lento reconhecimento dos poucos direitos que lhes são garantidos, o que é normal para a condição humana, vivemos ainda os sinais de que o Estado tem evoluído para novos designs de escravidão, na medida em que cresce a consciência das nossas lealdades ancestrais e invisíveis para construção da autoescravatura.

Assim, como o escravo feliz que vive adaptado às suas novas formas de uma sutil servidão, sem se questionar e nem reagir usando sua capacidade crítica contra a cultura escravocrata de uma sociedade mais ampla que também parece ter se adaptado aos seus novos vícios e defeitos.

Parece claro que sistemicamente a escravidão também evoluiu. Os que trabalham sem receber são os mais recentes escravos. O achatamento dos ganhos os aproximam da extrema pobreza. Os que não pagam o que devem, ficam com o que é dos outros, se apropriam e roubam, e se elevando ao injusto pódio dos mais novos senhores da nova escravidão evoluída dos tempos líquidos.
Existe uma pressão pela tomada de consciência, mas embora a liberdade para pensar exista, ela não é algo que possamos acelerar, muito menos sem o fascínio pelo saber e a educação. A educação obrigatória para atender as demandas dos mercados é treino e não educação. O pensamento é um encantamento que ocorre por si mesmo, quando, ao sabor da “suposta liberdade”, as inquietações se acalmam e acionam as forças naturais da arte e da reflexão.

Em outras palavras, ninguém decide pensar, e nem escolhe ser filósofo. O pensamento nem chega a ser um privilégio, ao contrário, é fruto da livre movimentação das nossas almas e, por vezes, pensar chega a ser desconfortável, haja visto que muitos morreram porque pensavam e pelo que pensavam.

A acomodação nos levam a desperceber o pensamento, que fica raso, vago e ao nível do senso comum, evocado por narrativas da vida cotidiana. Sequer rejeitamos a consciência porque nem a percebemos. As nossas mentes nem buscam e nem deixam de pensar, e seguem distraídas ao sabor das demandas na resignação passiva do cotidiano.

Por falta de confiança em si mesmo, o escravo pós-moderno, se entrega à condição de mero espectador da vida e das situações que não acreditam mais poder modificar. Suas mentes não se enxergam como participantes e autores de sua própria submissão, viciados em suas drogas, na submissão passiva de seu vazio existencial.

Muitos escravos eram pensadores, e no fundo das suas almas sabiam que eram escravos, mas se acomodavam porque entre viver uma prisão e morrer para ser livre, a vida ainda tinha algum sentido apesar de tudo.

Um sentido para a vida é algo que a gente pode buscar ou não. Quando não o buscamos, em geral, é porque duvidamos que ele exista ou das nossas forças para encontrá-lo. Seu encontro é uma outra questão, mas independentemente deste achado ou não, ele existe e existirá sempre, e estará sempre aí como o Sol que ilumina inclusive para o cego ou para aqueles que se recusam a acreditar nele, aliás, se recusar a vê-lo é a maior prova possível de sua existência.

A manipulação e a opressão em si mesmas, parecem ter perdido a força e o seu poder de escravização. Ao contrário, a tentativa de manipular, escravizar e colonizar mentes passou a ser um despertador para as almas ameaçadas que passam a ter uma sutil capacidade de autorreações.

O grande problema do crítico é considerar apenas um lado das questões, colocando o escravo como vítima do seu opressor, quando às vezes o alienado é o autor da sua alienação, que por ser sadomasoquista pode levar seu escravizador ao trono somente para depois lamentar a sua condição de oprimido.

Assim, se ampliarmos um pouco o conceito de escravatura, vamos entender a escravidão como algo maior do que o mero trabalho escravo tradicional. Muitos se submetem a famílias abusivas, cônjuges ciumentos e filhos que sugam, outros são escravos de bebidas e de drogas, de maus comportamentos, pornografias, Internet, celulares e até de amigos aproveitadores.

O centro da discussão aqui não é o racismo e nem o os preconceitos raciais. Com o surgimento do pensamento sistêmico como ferramenta para a interpretação da vida social e humana, e as demais contribuições do Grupo de Palo, CA a partir de 1950, passamos a ter lentes mais poderosas para compreensão dos fenômenos familiares e dos relacionamentos.

 

O opressor, o oprimido e o seu libertador

 

Precisamos tomar cuidado com uma dada visão do escravo como vítima de uma sociedade alienante. Ele é esta própria sociedade e sistemicamente vítimas não existem. Na verdade, a humanidade é composta sempre de três níveis de relacionamentos, onde, segundo algumas psicologias, existe um movimento perpétuo entre o oprimido, o opressor e o libertador, onde se existem as vítimas, existem seus vitimizadores e finalmente os salvadores.

Existem os escravos, os escravizadores e os movimentos de libertação; o doente, a doença e o médico Existem os Judeus, os nazistas e o movimento antissemita. E finalmente, existem os discriminadores e todos nós os antirracistas que vivemos tentando melhorar a justiça para que ela atue melhor contra os crimes.

A diferença está no fato de que antes a Justiça não fazia parte deste movimento, era parcial e estava à serviço de elites opressoras. A evolução aprimorou os Direitos Humanos, a sociedade passou a não ter outra saída senão a de se tornar mais justa, neutra e imparcial, e assim, as injustiças praticadas pela humanidade contra si mesma estão sendo curadas ou saneadas.

Estive há algum tempo no Museu do porto de Badagry, na Nigéria, lugar de onde saiam os navios negreiros para as américas desde o século XVI, e consta que os próprios negros se caçavam, se prendiam e vendiam seu povo como escravos para os tais navios. Assim, estamos diante de um fenômeno tão típico da autoagressividade humana, do homem parecendo precisar de agredir, ser agredido e se salvar de suas próprias maldades. #AutoEscravidão

A autoescravatura é uma ferramenta do homem contra si mesmo, que quando deixou de ser praticada pelas castas hereditárias, passou a ser uma conduta própria dos reis e finalmente, criamos os nossos próprios carcereiros, elegendo nazistas, construindo campos de concentrações, isto, quando não os elegemos os nossos piores líderes, nos tornamos escravos das drogas e de todos os vícios.
Assim, a autopunição é uma necessidade humana, talvez para o acerto das contas dos nossos ancestrais, por dívidas de lealdades históricas. O homem tem sido o lobo de si mesmo, o seu próprio bode expiatório e o expiador implacável de suas inexplicáveis culpas.

Talvez, em algum nível ainda queiramos consertar os nossos absurdos. Queremos fazer as pazes com a nossa própria raça e nos olharmos com mais generosidade. Temos sido padrastos com a natureza e com a nossa história.

Após milênios de barbáries nos apresentamos como nosso próprio Salvador em personagens como Jesus Cristo. Jesus somos mesmos! Nós nos crucificamos e agora corremos atrás da autorressureição, o que ainda é possível porque a eternidade não tem fim.

Somos a nossa última esperança da Terra, a nossa salvação, a oportunidade para a reafirmação dos valores humanos e éticos frente ao mal-estar da civilização e do que há de se esclarecer ao longo dos séculos.

 

BIBLIOGRAFIA

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Watzlawick, Paul; A arte de ser infeliz, EPU-EDUSP, 1985

José Carlos Vitor Gomes Psic.

José Carlos Vitor Gomes Psic.

Atua como psicoterapeuta, psicoterapeuta familiar e de casal desde 1979. Fez cursos de especialização nos Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Itália e no Brasil. Foi um dos pioneiros na divulgação da psicoterapia familiar no Brasil. Foi organizador de 53 eventos com celebridades nesta área com a participação de mais de vinte mil profissionais brasileiros.

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