O caçador de si mesmo
Prezados amigos, hoje é um dia muito feliz. Estou lançando o meu quarto livro e os três primeiros foram atos de bravura e de heroísmo porque eu ainda era quase uma criança. Peço perdão por eles! Lanço este livro, após ter contribuído durante muitos anos, para o lançamento de mais de 100 outros livros de colegas brasileiros e estrangeiros, ideais que não eram conhecidos por aqui e não tinham espaço em boas editoras, após realizar 53 workshops e congressos para divulgar novas linhas psicológicas no Brasil, ideais preciosos de homens preciosos, alguns já quase esquecidos como; Antônio Carlos de Morais Passos, David Akstein, Joel Priori Maia, Osmard Andrade, Professor Veloso, Malomar Edelweiss, Jefferson Morris Fish, Izar Xausa, Halley Alves Bessa, Maria Margarida de Carvalho e muitos e muitos outros. Todos nós que, de alguma forma dedicamos as nossas vidas trabalhando pela hipnose, por Milton H. Erickson, M.D., e Viktor Emil Frankl, Ph.D.
Muitos deles sumiram, se apagaram nos anos, e esquecidos, acabaram tomando novos destinos neste e em outros planos. Alguns faleceram, como, por exemplo, o meu tio João Fernandes de Carvalho, meu precioso xamã e tio que matou a nossa fome quando isto era vital. Outros envelheceram e não poderiam estar presentes.
De qualquer forma, eu estou muito feliz pela sensação do dever comprido. Por ter contribuído para inserir amigos nas alturas onde deveriam e mereciam estar, por respeitar os meus professores e reconhecê-los até onde isto foi possível e até onde era necessário incluí-los, onde eu deveria tê-los incluído por respeito, nos congressos e lançamentos. Reconheci os nossos mestres do passado como foi o caso, no I Congresso de Hipnose Ericksoniana e Clássica, realizado em Serra Negra realizado em 1997, cujo design foi feito sob medida e exclusivamente por isto e graças a isto, a Hipnose foi reconhecida oficialmente pela Conselho Federal de Psicologia.
Aquele evento foi dedicado à honra e à memória dos nossos mestres esquecidos do passado. Fiz isto por uma razão “constelacional” bem no sentido em que Bert Hellinger o proporia, pela honra e a memória deles, simplesmente porque vieram primeiro, foram bandeirantes e desbravadores.
A minha militança no meio psicológico não foi percebida e me trouxe terríveis consequências, porém eu que me conheço, me honro com o lançamento de um livro que de certa forma é um marco e um recomeço da minha história pessoal de vida porque tenho vários outros livros para serem publicados. Eu sei das minhas origens e me agradeço por ter chegado até aqui! Agradeço ao meu pai e à minha mãe e dedico “O caçador de si mesmo” à eles, aos meus filhos e à minha falecida companheira de luta, minha esposa Cidinha, Maria Aparecida Lovo, que era tão louca como eu e decidiu seguir os meus passos.
Obrigado a todos os que estão concretamente ou espiritualmente aqui. Na verdade, os que precisam estar presentes, estão presentes ao seu modo, e eu agradeço a todos que se mobilizaram para divulgar este livro que representa 14 anos de trabalho, para que ele fosse um sucesso, porque se eu não preciso ser um sucesso, mas as ideias novas e inovadoras, estas sim, porque elas ajudarão o mundo seguir adiante e a se melhorar.
Agradeço especialmente aos meus pacientes, porque eles são os verdadeiros autores deste livro que é interessante por isto, e ao Lost que segue vivo em cada um de nós. Que eles continuem interessados por sua própria história e continuem sendo cada vez mais, um “Caçador de si mesmo”!
Muito Obrigado!