A maquiagem da maquiagem
O mundo, às vezes, não consegue julgar além daquilo que vê. Todas as pessoas são tomadas pelo que visivelmente são, e “ela” era moldada por uma bela escultura de carne humana e parecia ser exatamente o que ela era e bem poderia ser vista como sendo a mais perfeita e bela santidade.
São Francisco de Assis, às vezes, percebia que o “Diabo” jogava com ele e frequentemente lhe aparecia como uma belíssima mulher nua a fim de seduzi-lo, porém ele, conseguia ver as intenções diabólicas e se defendia.
Na verdade, os anjos nem sempre assumem aparências assim tão belas, dizia Francisco; “- Com exceção de Clara, é Claro!”, e embora, às vezes, pareçam ser lindas, podem ser interiormente deformadas e as suas feições físicas magníficas nem sempre se equivalem às feições interiores, mesmo assim não são exageradamente feias, embora não seja possível afirmar a que reino pertence tanta beleza, que de tão belas, às vezes nem levantavam suspeitas…
Na verdade, o “Diabo” dever tido mais tempo e ocasião do que quaisquer outros anjos para aprender a criar coisas belas e fakes, uma vez que o seu principal negócio, era enganar e fazer emboscadas para constranger a humanidade.
O planeta “Hollywood”, adora apresentar o Diabo com faces horrendas e assustadoras, mas é aí que ele se engana! O Diabo veste linho. O Diabo usa perfumes. O Diabo maquia-se como ninguém. O Diabo é fino e belo… E afinal, é por ser assim tão dissimulado que se fez tão perigoso.
(Trecho do livro – A história do diabo)