Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wp-pagenavi domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u986051093/domains/sitedopsicologo.com.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114

Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the updraftplus domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u986051093/domains/sitedopsicologo.com.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114
APRENDENDO AMAR

Blogoterapia

É um blog sobre psicoterapia, filosofia, arte e o sentido da vida para passar um conteúdo dinâmico e diário, para troca de conteúdos que possa ser terapêutico.

APRENDENDO AMAR

Estou aprendendo amar.

Eu que mal sabia que o amor era o contrário de tudo o que eu antes amava, eu que pensava que amar era vencer sempre e pensar apenas em mim.

O tempo passou, e a idade foi ensinando que amar é ser feliz ao contrário, ou seja, é aceita ser contrariado em nome da paz e não morrer de dor por isto, porque tudo o que dói demais é irreal, é insustentável e não prospera.

Eu fui me tornando um forte vencedor na medida em que aprendia a perder para ganhar e não sofrer.

Tornei-me ciente de que uma coisa é ter êxito, e outra coisa é ter paz e ser feliz.

Fui descobrindo a duras penas que, para ter paz eu teria que “concordar”, porque amar é a arte de concordar e de ser um bom perdedor para que o outro vença, e tendo a ilusão de ter sucesso, os dois possam sair vencedores.

Estando em paz, viveremos a plenitude do sentido, porque na guerra não existe, nunca existiu e nem existirão vencedores.

Matar o inimigo que você inventou é se tornar um lutador solitário, pois com a morte do inimigo não existirá mais nada, além dos fantasmas que o assombrarão pelo resto da vida, porque o bom da luta é a própria luta, e não a morte dos que lutam, pois, morrendo, a luta perde a razão e o seu “para quê”.

Eu fui aprendendo a amar concordando, e concordar “com córdis” é deixar o seu córdis, ou seja, o seu coração, vibrando as suas cordas no mesmo ritmo do coração do outro, e assim, corações consoam no mesmo tom nas melodias da alma.

Aprendi que, às vezes, preciso me silenciar, pois afinal, a música também é feita do silêncio que existe entre as notas, porque sem o silêncio, a música seria impossível.

Continuo aprendendo amar, quando consigo me colocar no lugar do outro fazendo empatia, isto que tantos sonham e mal compreendem o que é, que tentam fazer e que, às vezes, não conseguem talvez por falta de humildade.

Empatia é mais do que letras mortas, mas é o amor vivo e real, e sem amar de verdade é impossível sentir o lugar o outro e ajudá-lo a levar os fardos da vida.

Eu estou aprendendo que amar é a essência da empatia, é assumir o mesmo páthos, ou seja, é quase se adoecer como o outro, para sentir em si a exata dimensão da dor alheia.

Estou aprendendo que amar é estar “conformado” e se conformar é assumir uma nova forma, é ter a “forma” do outro e se identificar é se igualar com ele, e isto é a própria empatia.

Sentir o frio do outro e empatizar-se, é ter o mesmo páthos, é ousar assumir a mesma patologia que o outro tem, sem o quê, o amor seria impossível.

Então, por vezes, eu precisei quase que me exilar de mim e desistir de mim mesmo, e desistir significa “deixar de existir”, “desistir” é se anular para que o outro se sobressaia, para coexistirmos em comunidade, que é o lugar da comunhão.

Isto passou a ser importante, porque no mundo competitivo, eu precisarei fracassar para que o outro ganhe, porque amar é se conformar à condição de perdedor, porque o óscar do vencedor é a sua própria cruz que é o pódio aonde subiu Jesus.

Eu fui aprendendo que amar é concordar.

Concordar não é apenas “aceitar”, mas concordando eu deixo o meu “córdis”, ou seja, o meu coração, afinado e vibrando no mesmo tom que os dos outros e me pacifico.

O amor nos conduz a um destino imprevisível onde eu sempre terei que me reconciliar, e me reconciliando me concilio, me harmonizando com o amor que é essencialmente pacífico e conciliador.
Quando assumo a aventura conciliadora de viver, eu semeio a paz e me submeto empática e concordantemente ao outro, como uma prioridade para o mundo.

Isto não é fácil.

Para que isto seja possível, eu preciso ter humor, porque humor também tem a ver com tornar-se humano e ser profundamente forte e resiliente, porque amar não é tesouro para qualquer um, mas é algo que se reserva aos fortes.

Amar é ter bom humor, e humor em latim tem a ver com húmus, com humano, com o homem e a humildade, tem a ver com o líquido que umidifica a terra e faz nascer a semente.
Húmus tem a ver com a umidade dando liga à massa, com o humere, ou com o estar molhado para que os grãos se unam e torne possível o pão.

 

José Carlos Vitor Gomes

 

#sitedopsicologo
#psicoterapiaonline
#aautoescravatura
#necropolitica

José Carlos Vitor Gomes Psic.

José Carlos Vitor Gomes Psic.

Atua como psicoterapeuta, psicoterapeuta familiar e de casal desde 1979. Fez cursos de especialização nos Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Itália e no Brasil. Foi um dos pioneiros na divulgação da psicoterapia familiar no Brasil. Foi organizador de 53 eventos com celebridades nesta área com a participação de mais de vinte mil profissionais brasileiros.

sitedopsicologo.com.br / (19) 99191-5685